segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sucesso nas pistas, longboard 

conquista cada vez mais adeptos!

Tema:Skate
Autor: AJEsportes Uerj

Quem anda pelas ruas, parques e orlas das praias da cidade do Rio de Janeiro, provavelmente já percebeu a presença dos praticantes de longboard. O esporte, cujo nome e o formato derivam das pranchas de surf, vem ganhando cada vez mais popularidade e garantindo um crescente número de adeptos no asfalto, que se dividem entre os que querem curtir um passeio com os amigos e os que buscam o caráter profissional.

A principal diferença entre o skate tradiconal e o longboard é que no segundo o tamanho do shape (a prancha em que o praticante fica de pé) é maior, fazendo com que se perca um pouco da agilidade, mas garantindo maior estabilidade para o skatista.

Essa característica torna-o mais fácil para quem quer começar a andar. Além disso, cada modalidade apresenta manobras específicas, como exemplo, o “slide”, que consiste em um giro rápido do longboard e o “ollie”, quando o atleta dá um aéreo a partir do chão, juntamente com o skateboard.

Os imãos Davi Leão, 22, e Pablo Vallejos, 24, encontram-se na orla da praia do Arpoador todo domingo, sem falta, para aproveitar o dia e andar de long. Davi começou a andar de skate street aos seis anos de idade e há quatro anos atrás interessou-se pelo longboard. Segundo ele, o que chamou a atenção foram os movimentos que os skatistas usavam na praia, como as remadas, já que o skate street não permitia muitas manobras nesse local. “A gente anda sempre por aqui [Arpoador], todo domingo. É como se fosse um culto”, brinca ele.

Já Pablo começou um pouco depois do irmão. Resolveu experimentar, há cerca de um ano atrás, o mini-longboard, também conhecido como cruiser ou fish. No caso dele, os benefícios para saúde foram grandes. “Foi o ideal pra mim, começar a andar de skate todo domingo, dar um mergulho, perder caloria. Emagreci bastante”, conta. Além da orla, os dois irmãos aproveitam a madrugada, com a rua vazia, para praticar atividade. Davi, que trabalha perto de casa, também usa o long como meio de locomoção no dia a dia.

Larissa Peixoto, 18 anos, também é adepta da prática. Anda de skate, o tradicional, desde os 9 anos. Curiosa para conhecer como era andar de long, pois já tinha ouvido falar bastante, começou a praticá-lo em junho desse ano. Costumava andar mais de uma vez por semana, mas por causa do dia-a-dia, a prática se resumiu em quatro vezes ao mês. Larissa, às vezes usa o long como meio de transporte, mas anda mais por hobby mesmo. “É muito bom para esquecer um pouquinho da vida e sentir o ar puro no rosto. E fora que é o único exercício físico que eu faço”, completou.

Atualmente, no Rio, existem cursos sobre a modalidade. Um deles é o Long Praia Clube, que dedica-se aos que querem iniciar ou aperfeiçoar a prática. Eles afirmam que qualquer pessoa pode começar a andar, no entanto, o uso como transporte no cotidiano é mais indicado para quem tem experiência. Além disso, alertam para a importância dos equipamentos de segurança, principalmente o capacete.

Existem pequenos campeonatos organizados por todo o Brasil, inclusive alguns internacionais, como o mundial de Downhill Speed, com uma etapa em Teutônia-RS. Ao serem questionados sobre a visibilidade do esporte no país, os representantes dessa escola defendem que está crescendo, mas de forma lenta e ainda precisa de estímulos. “Há muito pouco incentivo público, considerando o número de adeptos que cresce significativamente, faltam pistas, locais para praticar, além da malha cicloviária ser muito pobre aqui no Brasil”, defende um dos organizadores da escola Long Praia Clube.

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