segunda-feira, 30 de março de 2015

Medina busca recomeço no Mundial de surfe em praia na qual nunca se deu bem

Na primeira etapa do ano, Medina acabou eliminado logo na terceira fase
Na primeira etapa do ano, Medina acabou eliminado logo na terceira fase

Campeão mundial de surfe em 2014, Gabriel Medina não começou bem a temporada. Foi eliminado na terceira fase na etapa de abertura em Gold Coast e ainda recebeu uma multa por passar do tom em sua entrevista coletiva. Nesta semana, o brasileiro tem a chance de um recomeço. Mas a sua vida não será das mais fáceis em Bells Beach (AUS), que recebe o segundo estágio da Liga Mundial de Surfe (WSL), entre terça-feira (pelo horário de Brasília) e 12 de abril.

Em quatro oportunidades que competiu em uma das etapas mais tradicionais do circuito mundial, Medina jamais conseguiu se aproximar das fases decisivas. Seu melhor resultado até hoje foi obtido no ano passado, quando acabou caindo no quinto round e ficou na 13ª posição. Em 2011, foi 25º, em 2012 acabou em 13º e em 2013 repetiu a posição.

Por causa deste retrospecto ruim, o brasileiro não aparece entre os favoritos nas previsões para a etapa feitas pelos sites especializados.

O tipo de onda comum na praia de Bells também não costuma ser boa para quem surfa de bakcside (com o pé direito na frente), como é o caso de Medina.

"Bells Beach é a onda que o Gabriel menos gosta no circuito. A leitura da onda é complicada. É uma direita difícil para quem surfa de backside. A pressão sobre ele diminui. O Gabriel não está entre os favoritos dessa etapa. E ele costuma funcionar quando o põem como azarão", afirmou ao jornal O Globo Charles Serrano, padrasto e treinador de Medina.

Para se preparar para a etapa de Bells Beach, o brasileiro passou uma semana treinando em Oahu, no Havaí, após a decepção na estreia. As ondas no palco do título mundial são semelhantes as de Bells Beach.

Ao menos na primeira rodada, Medina não deverá ter grandes complicações. Enfrentará o local Matt Banning, que faz a sua estreia na WSL, e um surfista convidado da organização. A bateria será a sexta a ir para a água.

Brasileiros ficam de fora de lista de melhores ondas gigantes de 2014

Gold Coast surfer Dean Morrison taking on the biggest waves he’s ever ridden in Australia
Dean Morrison (Gold Coast, Austrália) em The Right, Austrália, em 18 de abril de 2014

A World Surf League (WSL) divulgou nesta quinta-feira a lista das melhores ondas gigantes surfadas em 2014. Mas, desta vez, nenhum brasileiro está entre os selecionados.

Os indicados pela liga forma divididos em quatro categorias. A onda do ano, a maior onda, a maior onda remada e o melhor tubo. O período escolhido para os indicados é entre março de 2014 e o mesmo mês em 2015.

Os inscritos tiveram até o último dia 20 para se inscrever como a melhor onda. Posteriormente, vídeos e fotos foram analisados por uma comissão julgadora.

O principal prêmio ficará com o prêmio de melhor onda, que dará US$ 50 mil para o vencedor e mais US$ 5 mil para o videomaker. A maior onda dará US$ 20 mil, a maior onda remada US$ 10 mil e o melhor tubo US$ 5 mil.

Veja abaixo os indicados:

Onda do ano:

Brad Domke (Wabasso Beach, Flórida, EUA) em Puerto Escondido, México, em 5 de julho de 2014
Shane Dorian (Kona, Hawaii, EUA) em Jaws, Maui, Hawaii em 12 de novembro de 2014
Shane Dorian (Kona, Hawaii, EUA) em Puerto Escondido, Mexico em 5 de julho de 2014
Dean Morrison (Gold Coast, Austrália) em The Right, Austrália, em 18 de abril de 2014
Gabriel Villaran (Punta Hermosa, Peru) em Puerto Escondido, Mexico, em 5 de julho de 2014

Maior onda:

Grant Baker (Durban, África do Sul) em Jaws, Maui, Hawaii, em 12 de novembro de 2014
Grant Baker (Durban, África do Sul) em Pico Alto, Peru, em 3 de julho de 2014
Damien Hobgood (Satellite Beach, Flórida, EUA) em Punta de Lobos, Chile, em 5 de maio de 2014
Jamie Mitchell (Gold Coast, Austrália) em Maverick's, Califórnia, em 20 de dezembro de 2014
Nic Vaughan (Rancho Palos Verdes, Califórnia, EUA) em Maverick's, Califórnia, em 20 de dezembro de 2014.
Maior onda remada:

Ross Clarke-Jones (Avoca Beach, New South Wales, Austrália) em Nazaré, Portugal, em 11 de dezembro de 2014
Mick Corbett (Perth, WA, Austrália) em Cow Bombie, Austrália, em 9 de agosto de 2014
Jarryd Foster (Dodges Ferry, Tasmânia, Austrália) em Cow Bombie, Austrália, em 9 de agosto de 2014
Sebastian Steudtner (Nuremberg, Alemanha) em Nazaré, Portugal, em 11 de dezembro de 2014
Hugo Vau (Terceira, Açores, Portugal) em Nazaré, Portugal, em 11 de dezembro de 2014

Melhor tubo:

Mick Corbett (Perth, WA, Austrália) em Cow Bombie, Austrália, em 9 de agosto de 2014
Matahi Drollet (Tahiti, Polinésia Francesa) em Teahupoo, Tahiti, 11 de setembro de 2014
Dean Morrison (Gold Coast, Austrália) em The Right, Austrália, em 18 de abril de 2014
Brad Norris (Perth, WA, Austrália) em The Right, Austrália, em 18 de abril de 2014
Chris Ross (Margaret River, WA, Austrália) em The Right, Austrália, 18 de abril de 2014

Medina escapa de suspensão, mas é multado após 'chilique' na Austrália

A Liga Mundial de Surfe (WSL) anunciou que o brasileiro Gabriel Medina foi multado pelas declarações polêmicas após ser eliminado da primeira etapa do circuito de 2015, disputada em Gold Coast, na Austrália. O atual campeão, porém, escapou de levar uma suspensão.
"O comitê disciplinar da Liga Mundial de Surfe concluiu a investigação sobre o incidente entre Medina e Hall em Gold Coast. Após ter conversado com as duas pessoas envolvidas e ter visto imagens do dia, o painel determinou que Medina violou o código de conduta dos atletas e que será obrigado a pagar uma multa", afirmou a entidade. O valor da punição não foi revelado.
A resolução tomada pela entidade veio após Medina pedir desculpas publicamente e enviar uma declaração por escrito à WSL sobre o ocorrido. Havia a expectativa de uma suspensão como a dada ao francês Jeremy Flores, suspenso de duas etapas na temporada passada por se envolver em uma briga. A entidade, porém, considerou a situação diferente e optou por apenas multar o brasileiro.
"Os esforços de Medina após o incidente para esclarecer qualquer mal entendido sobre seu relacionamento com Glenn Hall foram observados e apreciados. Nós desejamos boa sorte aos competidores para o Rip Curl Pro Bells Beach que está chegando. Medina e Hall fizeram as pazes bem rápido após o incidente. O brasileiro campeão igualmente fez uma aparição no dia seguinte durante a Dawn Patrol para rever seu comportamento", completou o comunicado da WSL.
Medina foi eliminado precocemente na terceira rodada em Gold Coast após ser punido por interferir em uma onda de seu adversário, Glenn Hall. Inconformado com a punição, o brasileiro foi duro nas palavras em entrevista após o ocorrido. Com direito a palavrões, reclamou da decisão, acusou o rival de simular a interferência e ainda criticou a organização por mandar os surfistas ao mar em ondas que não apresentavam condições ideais para o surfe em seu ponto de vista.
A postura enfureceu dirigentes da liga, principalmente pela citação nominal do comissário Kieren Perrow. A entidade vem promovendo mudanças para profissionalizar ainda mais o esporte e, diante da postura passional do brasileiro, cogitou até mesmo suspende-lo de algumas etapas do circuito como punição pelas declarações.
A repercussão negativa fez com que Medina procurasse se redimir das declarações. O surfista pediu desculpas pelas críticas e realizou postagens nas redes sociais ao lado de Hall, ressaltando manter uma boa relação com o adversário.

"Cada um tem sua maneira de reagir após uma derrota dura. Uns preferem socar a prancha, outros preferem falar. Eu escolhi a maneira errada de me manifestar. Eu estava triste e nervoso comigo mesmo. Usei palavras feias que eu nunca uso. O que fiz ontem foi um grande erro, mas todo mundo tem o direito de expressar as suas emoções. Da próxima vez vou socar minha prancha, batê-la, em vez de falar em entrevistas", afirmou.