quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Paraná cria Surf Bus
Por Redação Waves em 07/11/13 16:37 GMT-03:00


Pranchas recebem local especial em ônibus que circulam no litoral paranaense. Foto: Reprodução / Aspar.
A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, na sessão da terça-feira (5), em segunda discussão, o projeto de lei para acabar com um dos maiores empecilhos à prática de surf e afins nas praias paranaenses: o transporte das pranchas.

A proposta, dos deputados estaduais Rasca Rodrigues (PV) e Pastor Edson Praczyk (PRB), determina que empresas de transporte intermunicipais, que operam exclusivamente nos municípios do Litoral, reservem, no mínimo, 5% da sua frota com bagageiros apropriados para o transporte dos equipamentos esportivos.

De acordo com o projeto, os “Surf Bus” poderão transportar pranchas de surf, bodyboard, longboard ou stand up surf. Os equipamentos terão o mesmo tratamento e cuidado das demais bagagens pessoais em relação a danos e extravio. “Já temos essa legislação em outros estados, como o Rio de Janeiro e Santa Catarina, por que não no Paraná? O litoral sairá ganhando na questão do turismo, da economia e, é claro, a promoção das modalidades que possuem ligação com a preservação da nossa natureza”, defendeu Rasca.

A proposta complementará o decreto estadual (1821/2000), que hoje é utilizado pelas empresas para proibir essa modalidade de transporte. “Aprendi a surfar pegando ônibus da Graciosa, quando era liberado. Eu e toda uma geração campeã pegávamos ônibus. Com essa interpretação das empresas perdemos talentos, o turismo enfraqueceu e isso afeta todos os paranaenses, pois se aqui é proibido em outros estados não é”, afirma o presidente da Associação de Surfe de Paranaguá (Aspar), Alessandro Gaspar, o Puga.

Segundo o surfista, a criação da lei é o ponto de partida para melhorar o acesso dos esportistas às praias paranaenses e movimentar a economia da região. “Somente os produtos do surf geram mais de R$ 7 milhões ao litoral e 100 empregos diretos. O que queremos é um acesso mais democrático, que agrade a todos os passageiros e isso é possível. Nós, surfistas, por exemplo, necessitamos mais das linhas operando no início das manhãs, horários de almoço e fim de tarde”, completou Puga, indicando horários de pico que poderão facilitar o planejamento das empresas.

Já o presidente da Federação Paranaense de Bodyboard, Stéfano Triska, destacou a importância da inclusão social. Para ele, a medida irá contemplar, principalmente, atletas que não possuem carro e por isso ficam impedidos de se deslocarem de outra maneira. “Existe uma barreira financeira. Para pegar onda, você tem que ir de carro ou ir de carro. Em outros países e estados, em todas as linhas é possível transportar os equipamentos”, disse.

Fonte Rasca Rodrigues / Paranashop.com.br

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