segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Ryan Kainalo é o nome da vez com 2 vitórias e 2 títulos no Hang Loose Surf Attack

Otubro, 21 - 2018 Tudo Pelo Surf


Ele já pode ser chamado de mais um colecionador de títulos no Hang Loose Surf Attack. Neste domingo (21), Ryan Kainalo, surfista que defende Ubatuba, garantiu a sua quinta conquista estadual no mais tradicional circuito de base do País. O surfista de apenas 12 anos vem fazendo história e agora se superou faturando também a sub16, duas categorias acima da sua.
Na 4ª e última etapa do ranking, na Praia de Maresias, em São Sebastião, ele foi o grande nome do evento, com duas vitórias – na sua faixa etária, a sub12, onde já havia se consagrado bicampeão por antecipação, e na sub16, para chegar ao novo título, e por pouco não chegou à decisão da sub14, parando na semifinal, em quinto, por apenas um décimo.
Sophia Medina, irmã caçula de Gabriel Medina, que já chegou como a campeã da categoria criada este ano, a feminina sub16, confirmou o seu favoritismo com a terceira vitória no ranking. Na sub18, quem levou a melhor foi o catarinense Uriel Sposaro, vencedor da etapa e do Circuito, com Daniel Adisaka, que compete por São Sebastião, sendo o campeão paulista, com o segundo lugar no ranking.
Na sub 14, quem levou a melhor foi Sunny Pires, que é de Búzios mas mora em Maresias, integrando o Instituto Gabriel Medina. No ranking, seu companheiro de equipe, Caio Costa levou o título paulista enquanto que o catarinense Heitor Muller, segundo na etapa, foi o campeão do Circuito.
Já entre os mais novos do evento, na sub10, decisão emocionante, com Eduardo Mulford, de Ubatuba, virando o resultado no final da bateria sobre John Muller, de Guarujá. O título do Circuito já havia sido conquistado por antecipação pelo paranaense Anuar Chiah, com o também ubatubense Kailani Rennó, declarado campeão paulista.
O Circuito também definiu a cidade campeã da temporada, com São Sebastião erguendo o troféu, para superar a bicampeã Ubatuba. O título não era comemorado pelos sebastianenses desde 2014, quando chegaram a duas conquistas seguidas. Neste ano, foram três vitórias, duas delas em casa. Todos os pódios tiveram como atração a entrega dos troféus feita pelo ícone do surf brasileiro, Fábio Gouveia.
FINAIS
Das seis finais individuais, três delas foram de virada. Na sub10, John Muller liderou quase toda a disputa, mas no final Eduardo Mulford garantiu duas boas notas, para assumir a ponta. João Vitor, de São Sebastião foi o terceiro e Victor Pompiane garantiu a primeira final de Ilha Comprida na Circuito, ficando em quarto.
Na sub16, uma final de alto nível. Daniel Adisaka saiu na frente, com 7,5, depois o catarinense Léo Casal fez um 8,25, mas a melhor nota – e a vitória – foi de Ryan Kainalo, com 8,90, com o santista Vinicius Parra, em quarto. Ryan nem teve tempo para descansar e ficou para a final da sub12, tendo uma disputa forte com Guilherme Fernandes, com um placar apertado – 11,45 a 11,40. Kaua Campos, de São Sebastião foi o terceiro e Aleabe Rosa, de Ubatuba, o quarto.
Ao sair do mar, Ryan vibrou com as duas vitórias seguidas e só foi saber que tinha garantido o título da sub16 ao chegar ao palanque. No ranking, ele terminou empatado na pontuação com Caio Costa, mas levou a melhor, no desempate pelo quarto resultado (531 contra 430).
“Como ficou na sub16? Eu ganhei? Sério? Fui campeão. Que irado. Nem sabia. Nossa! Estou feliz demais. Foi um dos melhores finais de semana da minha vida. Entrei na sub16 sem compromisso e acabei ganhando. Dobradinha”, vibrou o surfista, que ainda foi o terceiro do ranking da sub14, para encerrar o ano em grande estilo.
Entre as meninas, Nairê Marquez, de Ubatuba, saiu na frente, depois a ponta ficou com Isabela Saldanha, de São Sebastião, até que Sophia Medina, em terceiro, fez uma onda muito boa, nota 7,40 para virar para primeiro e assegurar a terceira vitória no ranking. Isabela ficou em segundo, Nairê em terceiro e Yasmin Neves, competindo por Caraguatatuba, foi a quarta. “Eu estou muito feliz. Na etapa anterior eu fiquei em segundo e isso só me deu mais força para ganhar essa. Eu treinei muito e graças a Deus consegui ganhar essa. Treino aqui todos os dias”, falou.
Na sub14, o catarinense Heitor Muller liderava, mas no final Sunny Pires assumiu a ponta com uma nota 7,5. Guilherme Fernandes foi o terceiro e Renan Rodrigues, de Santos, o quarto. “Foi emocionante. Veio a onda e deu tudo certo. Estou bem feliz, ainda mais vencendo aqui onde moro atualmente”, comentou.
Na última decisão, a sub18, a disputa era entre Uriel e Daniel, pela ponta do ranking. O surfista local começou bem com um 7,25, mas o atleta de Santa Catarina foi construindo o placar, primeiro com um 8,60 e depois com um 7,15, para garantir uma grande vitória. Júnior Siqueira, de Guarujá, ainda assumiu o segundo lugar, à frente de Daniel, e Erick Bahia, que mora em Maresias, foi o quarto.
“Terminei com chave de ouro. Graças a Deus esse lugar abençoado meu deu mais essa felicidade. Tenho treinado muito para conseguir esse título. Foi uma meta que coloquei no começo do ano ser campeão aqui. Sei que é um Circuito de muito nível, muito peso”, destacou Uriel.

RANKING FINAL – (VALENDO 3 MELHORES RESULTADOS)
SUB18
1 Uriel Sposaro – SC – 2.710 – campeão do Circuito
2 Daniel Adisaka – São Sebastião – 2.539 – campeão paulista
3 Gabriel Ramos – Ubatuba – 1.771
4 Matheus Gomes – Ubatuba – 1.742
SUB16
1 Ryan Kainalo – Ubatuba – 2.556 – campeão do Circuito e paulista no desempate
1 Caio Costa – São Sebastião – 2.556
3 Daniel Adisaka – São Sebastião – 2.276
4 Sérgio Luan – São Sebastião – 1.771
SUB14
1 Heitor Muller – SC – 2.610 – campeão do Circuito
2 Caio Costa – São Sebastião – 2.531 – campeão paulista
3 Gabriel Klaussner – Ubatuba – 2.212
3 Ryan Kainalo – Ubatuba – 2.212
FEMININA SUB16
1 Sophia Medina – São Sebastião – 3.000 – campeã do Circuito e paulista
2 Nairê Marquez – Ubatuba – 2.276
3 Yasmin Neves – Caraguatatuba – 1.916
4 Isabela Saldanha – São Sebastião – 1.911
SUB12
1 Ryan Kainalo – Ubatuba – 3.000 – CAMPEÃO
2 Murillo Coura – São Sebastião – 2.610
2 Guilherme Fernandes – Ubatuba – 2.610
4 Kaua Campos – São Sebastião – 2.070
SUB10
1 Anuar Chiah – PR – 3.000 – campeão do Circuito
2 Kailani Rennó – Ubatuba – 2.610 – campeão paulista
3 João Vitor – São Sebastião – 2.276
4 Eduardo Mulford – Ubatuba – 2.260
CIDADES
1 São Sebastião – 3.900
2 Ubatuba – 2.700
3 Guarujá – 3.240
4 Praia Grande – 2.697
5 Santos – 2.579
*Na categoria sub10, como o campeão é de outro estado, o melhor paulista é declarado campeão estadual.

RESULTADOS DA 4ª ETAPA
SUB18
1 Uriel Villas Boas – SC
2 Júnior Siqueira – Guarujá
3 Daniel Adisaka – São Sebastião
4 Erick Bahia – São Sebastião

SUB16
1 Ryan Kainalo – Ubatuba
2 Léo Casal – SC
3 Daniel Adisaka – São Sebastião
4 Vinicius Parra – Santos

SUB14
1 Sunny Pires – RJ (São Sebastião)
2 Heitor Mueller – SC
3 Guilherme Fernandes – São Sebastião
4 Renan Rodrigues – Santos

FEMININA SUB16
1 Sophia Medina – São Sebastião
2 Isabela Saldanha – São Sebastião
3 Nairê Marquez – Ubatuba
4 Yasmin Neves – Caraguatatuba

SUB12
1 Ryan Kainalo – Ubatuba
2 Guilherme Fernandes – Ubatuba
3 Kaua Campos – São Sebastião
4 Aleabe Rosa – Ubatuba

SUB10
1 Eduardo Mulford – Ubatuba
2 John Muller – Guarujá
3 João Vitor – São Sebastião
4 Victor Pompiane – Ilha Comprida

CIDADES
1 São Sebastião
2 Ubatuba
3 Guarujá
4 Santos



Italo pulsante

Tulio Brandão fala sobre o show de Italo Ferreira 
nas finais do MEO Rip Curl Pro Portugal e a briga
 pelo título mundial.
Em Portugal, sobretudo no dia decisivo, o surfe pulsante de Italo Ferreira atropelou, sem apelação, quem esteve no caminho.

O Italo Ferreira de 2018 vive os altos e baixos de um coração, em sístole e diástole contínua durante a temporada. Em Portugal, sobretudo no dia decisivo, o surfe pulsante do potiguar atropelou, sem apelação, quem esteve no caminho.
O público de Supertubos viu a vitória esmagadora de um surfista que, quando atinge seus picos, aponta isso não só no surfe, mas no comportamento eufórico e expressivo.
São fáceis de notar os batimentos por temporada do surfista: foram três vitórias-sístoles, que lhe valeram 30 mil pontos. A diástole, de enfartar torcedor, prevaleceu em seis etapas: cinco décimo-terceiros e um vigésimo-quinto lugares. Só uma vez no ano, no Taiti, o potiguar fez um resultado regular – um quinto posto.
Na casa dos 43 mil pontos, o surfista brilhante de pulsos e picos, sem chances de título, tem como desafio óbvio na temporada de 2019 recuperar a regularidade de 2015, ano em que estreou na elite, quando conquistou um nono, três quintos, dois terceiros e um vice-campeonato, este último na mesma praia em que venceu dias atrás.
Se juntar a regularidade de um ano com a contundência de outro, vai para o título.



O público de Supertubos viu a vitória esmagadora de um surfista que, quando atinge seus picos, aponta isso não só no surfe, mas no comportamento eufórico e expressivo.

Em Portugal, Italo chegou à primeira vitória de frente para a onda – as duas outras conquistas do goofy foram nas direitas de Bells e Keramas. No dia decisivo, com pequenas rampas afeitas à explosão de seu surfe aéreo, ele esteve notadamente imbatível. No caminho, estava o líder Gabriel Medina, derrotado na semifinal.
Em conversa antes da bateria, Italo e o campeão de 2014 chegaram à mesma conclusão: não seria uma bateria convencional, e sim um “air show”.
Italo levou vantagem, com aéreos altíssimos, rotações perfeitas e voltas limpas à onda. Naquelas condições, só dois surfistas chegam perto do potiguar: Gabriel, que perdeu nos últimos minutos para a maior projeção de Italo, e Filipe Toledo, novamente derrotado precocemente, no round 3, numa etapa que poderia ter saído com a vitória.
Aqui, um rápido parêntese: apesar do show do campeão, a chamada do evento no sábado acabou por se mostrar equivocada. A direção de prova fez apenas uma bateria na véspera, quando as condições eram infinitamente melhores, apostando num swell mais consistente, que, a despeito da previsão, não se confirmou. Erraram.



Gabriel Medina surfou muito bem durante todo o evento e, com o terceiro, acumula quatro resultados fantásticos nas últimas quatro provas da temporada.

De volta à ação, a final nem precisava ter entrado na água. Com um repertório limitado de manobras aéreas, o bom francês Joan Duru tinha um teto baixo de pontuação, limitado pelas circunstâncias do mar, que pontuava alto os movimentos rotatórios do brasileiro. Bastava Italo acertar as manobras, o que aconteceu.
Duru é um bom surfista, um clássico goofy que acerta a linha e a potência sobretudo de costas para a onda. Andou por toda a temporada apagado, mas em Portugal escalou os holofotes ao eliminar, no caminho à final, nomes como Toledo, Julian Wilson e, na semifinal, Owen Wright. O australiano, aliás, acordou da hibernação. Está afiadíssimo. Faz um bom ano e merece a condição de top 5.
Gabriel vinha embalado, a duas baterias do título, mas nem o amuleto Neymar o ajudou a superar o imparável Italo na outra semifinal. De todo modo, surfou muito bem durante todo o evento e, com o terceiro, acumula quatro resultados fantásticos nas últimas quatro provas da temporada.
Atrás dele, estão, agora rigorosamente empatados, Julian Wilson e Filipe Toledo. Julian vinha bem em Portugal, mas perdeu para a inconsistência do mar no dia decisivo. Se houvesse onda, provavelmente venceria a disputa com Duru. Está afiadíssimo.



Joan Duru andou por toda a temporada apagado, mas em Portugal escalou os holofotes ao eliminar, no caminho à final, nomes como Toledo, Julian Wilson e, na semifinal, Owen Wright.

Agora, holofotes no Havaí. Gabriel, em modo vencedor faz tempo, está mais perto do título. Julian, o único Pipe Master, e Toledo precisam chegar à final se ainda quiserem o título. Por razões diversas, o australiano é a ameaça mais óbvia, mas eu não descartaria o talentoso surfista do Ubatuba, sobretudo se a disputa for em Backdoor.
Nunca é demais lembrar da briga de 2015, quando deu, contra todos os prognósticos e contra a banca, Adriano de Souza.
A única torcida, mesmo, será para a WSL deixar o jogo correr livremente, com juízes esforçando-se para deixar de lado possíveis preferidos, e sem interrupções de evento para favorecer um ou outro surfista.
Se deixarem por conta desses três surfistas, todos no auge de suas carreiras, o show de surfe estará garantido. Quem puder, vá ver de perto. Será histórico

Koxa recebe certificado

Rodrigo Koxa homenageado pelo Guinness World Records em Nazaré, Portugal.

surfada na história legitimado pelo Guinness World Records, o brasileiro Rodrigo Koxa recebeu em mãos o certificado oficial do livro dos recordes no último domingo (21/10) em Nazaré, Portugal, com presença do lendário Gary Linden, fundador do Circuito Mundial de ondas grandes, junto com Walter Chicharro, presidente da Câmara Municipal de Nazaré.
Surfada por ele no dia 8 de novembro de 2017 em Nazaré, a onda foi declarada como o novo recorde mundial, com incríveis 80 pés (cerca de 24,4 metros), superando a marca anterior, que era de Garrett McNamara.



sábado, 11 de abril de 2015

Vice em Bells Beach, Mineirinho sonha com título mundial

Mineirinho assumiu a terceira colocação no ranking, atrás apenas de Fanning e Filipinho
  • Mineirinho assumiu a terceira colocação no ranking, atrás apenas de Fanning e Filipinho
Foi por pouco que Adriano de Souza, o Mineirinho, não conquistou o bicampeonato em Bells Beach. O surfista do Guarujá perdeu a final no desempate para Mick Fanning, mas mesmo assim deixou a competição otimista para o futuro. Ele assumiu a terceira colocação no ranking mundial e sonha agora em conquistar o título que atualmente pertence ao compatriota Gabriel Medina.
"Este é o segundo sino que ganho, não é o de primeiro lugar, mas é tão especial quanto. Vou continuar forte para poder colocar o número 13 na camisa amarela e, se possível, chegar ao Rio de Janeiro com ela", declarou Mineirinho, que segue na Austrália para a terceira e última etapa da perna australiana, em Margaret River, que acontece entre os dias 15 e 26 de abril.
Campeão em Bells Beach, Fanning assumiu a liderança do ranking, dividindo a ponta com o brasileiro Filipe Toledo, que levou a primeira etapa da temporada. O australiano destacou o bom desempenho de Mineirinho na competição. "Adriano fez um trabalho impecável. Foi duro ver ele de coração quebrado ao fim da bateria", declarou.
Minerinho devolveu os elogios e destacou a campanha do rival australiano em Bells Beach. "Mick surfou muito bem e mereceu ser campeão. Trabalhei muito, o máximo que pude, e foi uma etapa especial. Já tive a honra de botar meu nome neste troféu e estar aqui é sempre importante", finalizou o surfista do Guarujá.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Medina busca recomeço no Mundial de surfe em praia na qual nunca se deu bem

Na primeira etapa do ano, Medina acabou eliminado logo na terceira fase
Na primeira etapa do ano, Medina acabou eliminado logo na terceira fase

Campeão mundial de surfe em 2014, Gabriel Medina não começou bem a temporada. Foi eliminado na terceira fase na etapa de abertura em Gold Coast e ainda recebeu uma multa por passar do tom em sua entrevista coletiva. Nesta semana, o brasileiro tem a chance de um recomeço. Mas a sua vida não será das mais fáceis em Bells Beach (AUS), que recebe o segundo estágio da Liga Mundial de Surfe (WSL), entre terça-feira (pelo horário de Brasília) e 12 de abril.

Em quatro oportunidades que competiu em uma das etapas mais tradicionais do circuito mundial, Medina jamais conseguiu se aproximar das fases decisivas. Seu melhor resultado até hoje foi obtido no ano passado, quando acabou caindo no quinto round e ficou na 13ª posição. Em 2011, foi 25º, em 2012 acabou em 13º e em 2013 repetiu a posição.

Por causa deste retrospecto ruim, o brasileiro não aparece entre os favoritos nas previsões para a etapa feitas pelos sites especializados.

O tipo de onda comum na praia de Bells também não costuma ser boa para quem surfa de bakcside (com o pé direito na frente), como é o caso de Medina.

"Bells Beach é a onda que o Gabriel menos gosta no circuito. A leitura da onda é complicada. É uma direita difícil para quem surfa de backside. A pressão sobre ele diminui. O Gabriel não está entre os favoritos dessa etapa. E ele costuma funcionar quando o põem como azarão", afirmou ao jornal O Globo Charles Serrano, padrasto e treinador de Medina.

Para se preparar para a etapa de Bells Beach, o brasileiro passou uma semana treinando em Oahu, no Havaí, após a decepção na estreia. As ondas no palco do título mundial são semelhantes as de Bells Beach.

Ao menos na primeira rodada, Medina não deverá ter grandes complicações. Enfrentará o local Matt Banning, que faz a sua estreia na WSL, e um surfista convidado da organização. A bateria será a sexta a ir para a água.

Brasileiros ficam de fora de lista de melhores ondas gigantes de 2014

Gold Coast surfer Dean Morrison taking on the biggest waves he’s ever ridden in Australia
Dean Morrison (Gold Coast, Austrália) em The Right, Austrália, em 18 de abril de 2014

A World Surf League (WSL) divulgou nesta quinta-feira a lista das melhores ondas gigantes surfadas em 2014. Mas, desta vez, nenhum brasileiro está entre os selecionados.

Os indicados pela liga forma divididos em quatro categorias. A onda do ano, a maior onda, a maior onda remada e o melhor tubo. O período escolhido para os indicados é entre março de 2014 e o mesmo mês em 2015.

Os inscritos tiveram até o último dia 20 para se inscrever como a melhor onda. Posteriormente, vídeos e fotos foram analisados por uma comissão julgadora.

O principal prêmio ficará com o prêmio de melhor onda, que dará US$ 50 mil para o vencedor e mais US$ 5 mil para o videomaker. A maior onda dará US$ 20 mil, a maior onda remada US$ 10 mil e o melhor tubo US$ 5 mil.

Veja abaixo os indicados:

Onda do ano:

Brad Domke (Wabasso Beach, Flórida, EUA) em Puerto Escondido, México, em 5 de julho de 2014
Shane Dorian (Kona, Hawaii, EUA) em Jaws, Maui, Hawaii em 12 de novembro de 2014
Shane Dorian (Kona, Hawaii, EUA) em Puerto Escondido, Mexico em 5 de julho de 2014
Dean Morrison (Gold Coast, Austrália) em The Right, Austrália, em 18 de abril de 2014
Gabriel Villaran (Punta Hermosa, Peru) em Puerto Escondido, Mexico, em 5 de julho de 2014

Maior onda:

Grant Baker (Durban, África do Sul) em Jaws, Maui, Hawaii, em 12 de novembro de 2014
Grant Baker (Durban, África do Sul) em Pico Alto, Peru, em 3 de julho de 2014
Damien Hobgood (Satellite Beach, Flórida, EUA) em Punta de Lobos, Chile, em 5 de maio de 2014
Jamie Mitchell (Gold Coast, Austrália) em Maverick's, Califórnia, em 20 de dezembro de 2014
Nic Vaughan (Rancho Palos Verdes, Califórnia, EUA) em Maverick's, Califórnia, em 20 de dezembro de 2014.
Maior onda remada:

Ross Clarke-Jones (Avoca Beach, New South Wales, Austrália) em Nazaré, Portugal, em 11 de dezembro de 2014
Mick Corbett (Perth, WA, Austrália) em Cow Bombie, Austrália, em 9 de agosto de 2014
Jarryd Foster (Dodges Ferry, Tasmânia, Austrália) em Cow Bombie, Austrália, em 9 de agosto de 2014
Sebastian Steudtner (Nuremberg, Alemanha) em Nazaré, Portugal, em 11 de dezembro de 2014
Hugo Vau (Terceira, Açores, Portugal) em Nazaré, Portugal, em 11 de dezembro de 2014

Melhor tubo:

Mick Corbett (Perth, WA, Austrália) em Cow Bombie, Austrália, em 9 de agosto de 2014
Matahi Drollet (Tahiti, Polinésia Francesa) em Teahupoo, Tahiti, 11 de setembro de 2014
Dean Morrison (Gold Coast, Austrália) em The Right, Austrália, em 18 de abril de 2014
Brad Norris (Perth, WA, Austrália) em The Right, Austrália, em 18 de abril de 2014
Chris Ross (Margaret River, WA, Austrália) em The Right, Austrália, 18 de abril de 2014

Medina escapa de suspensão, mas é multado após 'chilique' na Austrália

A Liga Mundial de Surfe (WSL) anunciou que o brasileiro Gabriel Medina foi multado pelas declarações polêmicas após ser eliminado da primeira etapa do circuito de 2015, disputada em Gold Coast, na Austrália. O atual campeão, porém, escapou de levar uma suspensão.
"O comitê disciplinar da Liga Mundial de Surfe concluiu a investigação sobre o incidente entre Medina e Hall em Gold Coast. Após ter conversado com as duas pessoas envolvidas e ter visto imagens do dia, o painel determinou que Medina violou o código de conduta dos atletas e que será obrigado a pagar uma multa", afirmou a entidade. O valor da punição não foi revelado.
A resolução tomada pela entidade veio após Medina pedir desculpas publicamente e enviar uma declaração por escrito à WSL sobre o ocorrido. Havia a expectativa de uma suspensão como a dada ao francês Jeremy Flores, suspenso de duas etapas na temporada passada por se envolver em uma briga. A entidade, porém, considerou a situação diferente e optou por apenas multar o brasileiro.
"Os esforços de Medina após o incidente para esclarecer qualquer mal entendido sobre seu relacionamento com Glenn Hall foram observados e apreciados. Nós desejamos boa sorte aos competidores para o Rip Curl Pro Bells Beach que está chegando. Medina e Hall fizeram as pazes bem rápido após o incidente. O brasileiro campeão igualmente fez uma aparição no dia seguinte durante a Dawn Patrol para rever seu comportamento", completou o comunicado da WSL.
Medina foi eliminado precocemente na terceira rodada em Gold Coast após ser punido por interferir em uma onda de seu adversário, Glenn Hall. Inconformado com a punição, o brasileiro foi duro nas palavras em entrevista após o ocorrido. Com direito a palavrões, reclamou da decisão, acusou o rival de simular a interferência e ainda criticou a organização por mandar os surfistas ao mar em ondas que não apresentavam condições ideais para o surfe em seu ponto de vista.
A postura enfureceu dirigentes da liga, principalmente pela citação nominal do comissário Kieren Perrow. A entidade vem promovendo mudanças para profissionalizar ainda mais o esporte e, diante da postura passional do brasileiro, cogitou até mesmo suspende-lo de algumas etapas do circuito como punição pelas declarações.
A repercussão negativa fez com que Medina procurasse se redimir das declarações. O surfista pediu desculpas pelas críticas e realizou postagens nas redes sociais ao lado de Hall, ressaltando manter uma boa relação com o adversário.

"Cada um tem sua maneira de reagir após uma derrota dura. Uns preferem socar a prancha, outros preferem falar. Eu escolhi a maneira errada de me manifestar. Eu estava triste e nervoso comigo mesmo. Usei palavras feias que eu nunca uso. O que fiz ontem foi um grande erro, mas todo mundo tem o direito de expressar as suas emoções. Da próxima vez vou socar minha prancha, batê-la, em vez de falar em entrevistas", afirmou.