quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Usada até por Slater, onda artificial vira moda e gera busca por recorde




Maior surfista de todos os tempos, o hendecampeão mundial Kelly Slater tem começado a buscar outras ondas, mas longe da praia. Por meio de sua empresa, a KSwaveco, em parceria com outras companhias e forças governamentais, o norte-americano está em discussão avançada para inaugurar um oásis do surfe artificial na Austrália. O empreendimento está orçado em mais de US$ 1 bilhão (R$ 2,2 bilhões).
Essa manobra de Kelly Slater só reforça a tendência de crescimento do segmento em todo o mundo. Além dos Estados Unidos, que já tem dezenas de piscinas prontas para essa atividade, Tenerife, na Espanha, Coreia do Sul, Escócia, Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, China e Peru também já tem um centro aquático para treinamento de surfistas "caseiros".
A questão é levada tão a sério que, nos Estados Unidos, o pesquisador Pete Indelicato, da Raise Water Research, começa a analisar a intensidade das ondas a serem quebradas, o seu tamanho, a variabilidade, o formato e o potencial de surfabilidade, entre outros fatores, antes de dar um selo de qualidade para cada local.
Essa moda está próxima de crescer também no Brasil. Apesar de contar com alguns locais tímidos para a prática do surfe em ondas artificiais, como em Vinhedo, no interior paulista, o país começa a desenvolver ainda mais o gosto pela modalidade. E os planos são ambiciosos.
"Surfe indoor é o grande passo para o esporte se tornar olímpico", projeta o empresário e administrador de empresas Rogério de Almeida, um dos idealizadores da Surf City, empreendimento de 50 mil metros quadrados a ser implantado na Rodovia Raposo Tavares, junto ao Rodoanel, em São Paulo.
"O projeto existe há oito anos. Conseguimos o apoio de vários patrocinadores e uma tecnologia de ponta para implantar uma piscina de 16 mil metros quadrados e um centro de treinamento para esportes radicais, boardsports (esportes de prancha), vôlei de praia, além de cursos técnicos e medicina desportiva", diz Roberto Chiaverini, sócio de Rogério no empreendimento.
Para ganhar ainda mais força neste cenário, um brasileiro espera escrever seu nome no Guiness Book, o Livro dos Recordes, e assim dar ainda mais visibilidade ao esporte. Arno Anhelli, de 35 anos, tem treinado para ficar mais de 25 horas em cima de uma prancha em uma onda artificial. O projeto está marcado para o próximo ano, no Rio de Janeiro, antes da Copa do Mundo.

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