quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Multisport reúne feras na categoria Pro

Lucas Rafael era o atleta mais novo entre os profissionais. Familiarizado com corridas de aventura, ele marcou presença no X- Terra em Ilhabela, do ano passado e conquistou a primeira colocação na categoria Endurance 50 quilômetros






Solange, Franciely, Fredy e Lucas compõe o time da Tendência Outdoor. Foto: Ana Gandolfo/ WebventureSolange, Franciely, Fredy e Lucas compõe o time da Tendência Outdoor. Foto: Ana Gandolfo/ Webventure
Lucas Rafael, atleta de 20 anos, era o competidor mais novo da categoria Pro, que pela segunda vez fez parte do Multisport Spirit, que aconteceu no último sábado (26/10), em Paraty.Durante a prova, Lucas teve dificuldades na canoagem, mas rapidamente ele foi resgatado pelo barco de apoio do evento e levado para a costa, para que a água fosse retirada de seu caiaque. O atleta retornou à prova e finalizou todo o percurso.
“Costumo treinar em águas paradas como em raias. Competir em mar e ainda agitado não foi fácil. Veio uma ondulação forte o bastante que me derrubou do caiaque e ele enchesse de água”, comenta o atleta, que antes era jogador de handball.
Lucas começou a treinar esportes de aventura com incentivo de um amigo e profissional no assunto, Fredy Guerra. O professor possui uma assessoria esportiva em Minas Gerais, cidade natural do competidor, que se chama Tendência Outdoor. Depois de deixar o handball como modalidade favorita, o jovem atleta iniciou os treinos de trekking, para desenvolver habilidades na canoagem e na bike.
“Foram experiências que adquiri de prova em prova. Depois de iniciar nas corridas em montanhas desenvolvi outras habilidades que me fizeram competir eventos esportivos de aventura, como o X-Terra, que aconteceu em Ilhabela, no ano passado”, diz Lucas, que finalizou a prova em 18º colocado no ranking geral e em primeiro na categoria Endurance de 50 quilômetros.
A assessoria de Fredy estava bem representada no evento em Paraty. Além de Lucas, a dupla feminina campeã, Franciely Teixeira e Solange Moura, também treinam na Tendência Outdoor.
Resultados da categoria Pro 2013
Masculino
  • Guilherme Pahl - 5h13min
  • Pietro Carlo - 5h32min
  • Fred Guerra - 6h21min
  • Ivan Ferreira - 6h21min
  • Victor Teixeira - 6h 33min
  • Diogo de Sordi - 6h35min
  • Edelson Jordão - 7h13min
  • Lucas Ferro - 7h13min
  • Adriano Costa - 7h 33min
  • Feminino
  • Camila Nicolau - 5h52min
  • Paula Pereira - 7h40min
  • "Carlos Burle não bateu recorde de maior onda surfada", diz Laird Hamilton



    Lenda havaiana do surf mundial, Laird Hamilton disse em entrevista a CNN que o brasileiro Carlos Burle não bateu o recorde de maior onda surfada, na cidade de Nazaré, em Portugal.
    Segundo Hamilton, Burle não completou a onda e isso não configura o recorde. "Para começar, penso que para bater o recorde é necessário que o surfista complete a onda e o Carlos não o fez", disse o Laird Hamilton.
    "Completar a onda é primeiro pegá-la e depois finaliza-la em um lugar seguro, onde você pode ser resgatado pelo jet-ski. Se você é derrubado pela onda enquanto está nela, isso é uma vaca, é uma tentativa frustrada pelo que aprendi. Acho que ele caiu na maior onda do mundo", completou o surfista.
    Hamilton também falou sobre o acidente sofrido pela surfista Maya Gabriela e fez críticas à brasileira.
    "Ela não tem a habilidade necessária. Ela não devia estar neste tipo de ondas. É responsabilidade do Carlos tratar dela e ambos têm sorte que ela não tenha se afogado".

    quarta-feira, 30 de outubro de 2013

    Análise das condições do mar

    A ondulação segue de sul e sudeste nesta quarta-feira com ondas de 1 metro e séries maiores que ainda chegam a 1 metro e meio em alguns picos, mas perdem um pouco força no final de tarde.
    A formação é regular na maioria das praias, nada especial, porém com possibilidade de bons momentos ao longo do dia. O vento fica praticamente parado logo cedo e sopra fraco a moderado de sudeste na maior parte do dia.
    Nesta quinta-feira as ondas podem perder um pouco de força, mas ainda apresentam condição de surf com ondas em torno de 1 metro. O vento segue fraco a moderado de leste-sudeste.
    Por Herbert Passos Neto

    Em busca de boas imagens, fotógrafo do surfe diz que encarou até tubarões


    Imagem de pôr do sol na praia a partir da areia com lentes teleobjetivas criando perspectivas de cores e nuances em trabalho de característica própria do fotógrafo

    "Uma lente na praia no meio do público não conta nenhuma novidade, apenas registra a visão que todos tem do local. Por isso eu entrei na água, para aumentar a emoção do esporte", revela o fotógrafo submarino Alberto de Abreu Sodré, o Beto Cação, de 53 anos, um dos pioneiros em fotos de surfe dentro do mar. Ele inaugurou nesta segunda-feira a exposição Photo Grafias na Mercearia São Roque, nos Jardins, em São Paulo.
    Alberto foi um dos precursores da utilização de um equipamento indispensável para fotos submarinas, as caixas estanque (caixas acrílicas transparentes vedadas para uso fotográfico), e revolucionou a utilização dessa técnica em busca de imagens de alto impacto. Por isso, ganhou um dos seus apelidos: A Lenda.
    Lendário ou não, Alberto tem muitas histórias para contar, sendo várias delas emocionantes e arriscadas, como quando tomou uma série (de ondas) na cabeça na baía de Waimea no Havaí, ou quando saltou de helicóptero para mergulhar de pernas cruzadas no mar e sentiu na pele (e nos ossos) o impacto de cair na água de uma altura tão grande.
    Toda essa audácia, e o resultado final dos seus trabalhos lhe garantiu espaço como para registrar seus feitos em revistas como Fluir, Hardcore, Alma Surf, Náutica, Veja e as estrangeiras Surfer, Surfing e Life Japan.
    A importância do mar na vida de Alberto é tamanha que ele mesmo chama o local de "lar". E não é para menos. Sua forma de captar imagens debaixo dágua em grande velocidade ao redor dos surfistas lhe valeu o apelido carinhoso de Beto Cação, por aparentar um tubarão antes de atacar sua presa.
    Esses vorazes predadores marinhos também já foram encarados olho a olho, ou olho a lente por Cação, que já teve a presença de tubarões em muitas situações.
    A qualidade das suas imagens é tão relevante que foi eternizada nos livros Aremiti Ombak Nalu – O Desafio Máximo de Um Surfista, e ainda lhe garantiu o prêmios Best Print Magazine da Associação dos Surfistas Profissionais por suas imagens de alto impacto.
    • Alberto de Abreu Sodré/Divulgação
    Embora os consideráveis avanços da fotografia digital, Beto Cação vê diferenças entre os dois formatos: "Na foto digital você tem mais controle sobre a luz, as imagens ficam mais próximas do que o olho humano vê, mas o tom da pele continua sendo melhor o da analógica", avalia Cação.
    Luz, sombra e nuances são características predominantes do trabalho desse grande nome da fotografia de esportes radicais do Brasil, que além de caixas estanques, lentes teleobjetivas de longo alcance também utiliza as modernas mini câmeras de ação, principalmente em carros de Fórmula Truck, asa delta, parapente e até no surfe. "Elas dão um realismo que só pode ser conseguido com essas pequeninas", diz.
    Mas sobre a questão de que atualmente o preço e a facilidade em se adquirir um equipamento fotográfico popularizou a profissão, Alberto deixa a resposta por conta de sua esposa e assessora, Rebeca Salzberg: "Qualquer um pode cozinhar, mas chefs são poucos" diz ela. "Tem uma história que Alberto adora que é sobre uma senhora que fala para um fotografo – Nossa sua máquina deve ser ótima, você faz fotos lindas...Por sua vez o fotógrafo responde: nossa seu fogão deve ser ótimo, sua comida é excelente", comenta.

    Maya Gabeira deixa hospital após queda em onda gigante em Portugal

    Maya Gabeira ao lado de sua equipe após receber alta

    A surfista Maya Gabeira, especialista em ondas gigantes, teve alta e deixou o hospital nesta terça-feira após o acidente que sofreu no mar de Nazaré, em Portugal. Em entrevista após a saída, ela relembrou o acidente.
    "Aqui, o perigo nunca acaba, inclusive no final da onda. É complicado pelas pedras e pela areia. A primeira onda eu passei bem. Apliquei a técnica da respiração e passei para a segunda. Estive muito tempo embaixo da águra e quando veio a terceira, não sabia onde estava exatamente", disse a atleta.
    Em seu perfil no Instagram, a surfista postou uma imagem logo após receber a alta do lado de sua equipe. Na imagem, ela aparece com a perna imobilizada.
    "Estou tão feliz por estar com essa equipe! Obrigado pela visita! Amo vocês", escreveu a surfista na legenda da foto.
    Pouco antes da alta, Maya já havia brincado com sua situação no hospital ao postar uma imagem de seu "café da manhã". "Nada como uma máscara de oxigênio de café da manha", escreveu.
    Maya sofreu um acidente enquanto surfava na última segunda-feira. A atleta chegou a ficar desacordada dentro do mar e teve uma fratura no tornozelo.
    A atleta chegou a ficar submersa por alguns minutos, mas conseguiu ser resgatada e foi reanimada na areia.

    Brasileiro espera confirmação de ter surfado maior onda da história



    O brasileiro Carlos Burle espera a confirmação de ter surfado a maior onda da história - ele conseguiu surfar uma onda de 33 metros na última segunda-feira, na praia de Nazaré, em Portugal, e só aguarda pela análise do vídeo para ser o detentor do novo recorde mundial.
    Caso a marca de 33 metros seja confirmada, ele superará o antigo recorde, de 30 metros, que o americano Garrett McNamara surfou também em Nazaré, em janeiro deste ano.
    "Só precisa esperar a confirmação, mas as imagens são impressionantes", declarou Burle em vídeo gravado após a sua participação de segunda-feira no evento em Portugal.
    Desde a última semana, surfistas especialistas em formações gigantes de todo o mundo estão em Portugal para tentar a quebra do recorde mundial. A praia de Nazaré é famosa por suas ondas gigantes e perigosas.
    O fenômeno foi devido a tempestade St. Jude (São Judas), que assolou o norte da Europa na última segunda, com ventos de até 120 km/h.
    Vale lembrar que, também durante o evento, Burle foi um dos responsáveis por resgatar a surfista Maya Gabeira, que sofreu queda em uma das ondas e chegou a ficar inconsciente na água. Ela foi levada a um hospital da região e passa bem - quebrou apenas um tornozelo.

    Brasileira fica entre as top 10 do BMX nos Estados Unidos

    Bianca Quinalha foi terceira colocada no latino americano do Peru, e sétima na Disney Cup, nos EUA

    Depois de ficar em terceiro lugar no Campeonato Latino Americano de BMX no Peru, semana passada, a biker paulista Bianca Quinalha, 20 anos, conseguiu a sétima colocação na tradicional prova da Disney Cup de BMX, no último domingo, em Orlando, na Flórida (EUA).
    Bianca poderia ter novamente ido ao pódio nos EUA não fosse uma queda sofrida no sábado. "O final de semana foi bom, sendo que na sexta fui para a final na sétima posição, mas no sábado acabei ficando fora da grande final, mas mesmo assim acredito que o resultado geral foi positivo e que estamos no caminho certo", disse a biker após a prova.
    Cair em finais está se transformando em um problema constante para Bianca. No Latino Americano disputado na semana passada, ela foi a melhor brasileira na competição – o que lhe rendeu pontos importantes para o Mundial -, mas não superou as duas primeiras colocadas, a campeã olímpica Mariana Pajon e a argentina Mariana Diaz, justamente por causa de uma queda no percurso.
    Já na categoria Elite Woman, Bianca terminou em sexto lugar.
    Embora seja natural de Sorocaba, Bianca representa o Clube de Ciclismo de São José dos Campos. Ela agora precisa se recuperar da queda para voltar aos treinamentos para disputar o Campeonato Paulista de BMX em Paulínia, em 23 e 24 de novembro.

    terça-feira, 29 de outubro de 2013

    Análise das condições do mar

    A semana começa com ondulação de sul e ondas em torno de 1 metro nas praias do litoral paulista nesta segunda-feira.
    A formação varia entre regular e ruim, meio mexida, mas apresenta condição de surf em vários picos, com vento fraco de sul.
    Nesta terça-feira as ondas ganham força e podem atingir 1 metro e meio nas séries em algumas praias, com vento fraco a moderado de leste e sudeste.


    Por Herbert Passos Neto

    Sem X Games, agência brasileira tenta criar evento similar em Foz do Iguaçu



    Brasil em Ação, Esporte na Veia. Esse é o nome da comunidade criada no Facebook com a intenção de manifestar e engajar apoio à criação de um evento que possa substituir a etapa brasileira do X Games, que seria realizada em abril, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
    A decisão do cancelamento da etapa brasileira do mais conhecido festival de esportes radicais do planeta partiu da própria ESPN, detentora da marca X Games. A empresa anunciou no início deste mês que o festival deixaria de ser um evento global para ser realizado apenas nos Estados Unidos, seu país de origem.
    Apesar disso, a Brunoro Sport and Business (BSB), empresa que havia sido contratada para organizar a edição brasileira doX Games, incentivou o surgimento de um movimento que busque um maior engajamento com os esportistas radicais brasileiros para a viabilização do projeto por meio de ações de profissionalização e desenvolvimento dessas atividades.
    "Temos um plano embrionário chamado inicialmente de Brasil X, que possa ter a cara dos brasileiros, mas com atletas de nível internacional", afirma Guilherme Cozza, Diretor de Marketing da BSB. "Atletas como o skatista Pedro Barros e o biker Douglas Doguete já aderiram ao projeto, que é totalmente apartidário", completa o executivo.
    Mesmo assim, Cozza diz que o Ministério do Esporte manteve o apoio devido ao expressivo impacto no turismo e nos negócios bem como diversos patrocinadores internacionais que, assim como a própria BSB, têm planejamento para um período superior a 10 anos.
    "Nós temos uma preocupação com a autenticidade do evento, principalmente em relação ao skate, que é um dos esportes mais praticados no Brasil, e sabemos que tem espaço e oportunidades para todos", disse Cozza, referindo-se à capacidade de produzir um evento desse porte em menos de seis meses e à credibilidade necessária por parte dos próprios esportistas radicais em relação ao novo projeto.
    "O X Games produzido em Foz do Iguaçu foi considerado o melhor evento de esportes radicais já realizado no Brasil", gaba-se Cozza ao comentar uma pesquisa feita pela USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a BSB sobre o tema, onde se descobriu que no Brasil existem cerca de 5 milhões de praticantes dessas modalidades e que movimentam mais de US$ 2 bilhões ao ano.
    O skatista brasileiro Bob Burquist foi o mais lembrado nessa pesquisa, com 26,5 % dos votos, seguido do piloto de FMX, Travis Pastrana, com 21% de citações.
    A primeira edição do X Games ocorreu em 1995, em Providence, na costa leste americana, já com a condição de maior festival de esportes radicais do planeta – houve disputas em 12 modalidades. Mudou-se para Los Angeles, que adotou como base por vários anos, até que em 2013 a ESPN decidiu criar o formato de evento global com etapas em Barcelona na Espanha, Tignes na França, Munique na Alemanha e Foz do Iguaçu, no Brasil. Mas antes de completar um ano de existência, o evento foi abortado devido, segundo a própria ESPN, à dificuldade em comercialização de longo prazo.

    Maya Gabeira sofre queda em onda gigante e quebra tornozelo em Portugal


    A surfista Maya Gabeira, especialista em ondas gigantes, sofreu uma queda nesta manhã durante competição na praia de Nazaré, em Portugal, e teve de ser hospitalizada após ficar inconsciente. Gabeira acabou quebrando o tornozelo. A informação é do jornal Record, do país europeu.
    Ela ficou submersa por alguns minutos e, depois, foi arrastada até a areia, onde foi reanimada. Levada para um hospital, Gabeira está em observação e não corre risco de morrer. Segundo ela, apenas o tornozelo ficou lesionado.
    "Um tornozelo quebrado, mas nada a mais. Me recuperando bem. Continuem torcendo por favor. Logo mais eu estou de volta", escreveu a surfista no Facebook, ao postar uma foto diretamente do hospital.
    A surfista, de 26 anos, participava de um campeonato de ondas gigantes na praia que é famosa por produzir algumas das maiores formações do mundo. O acidente ocorreu em uma das maiores ondas que apareceram durante a manhã.
    Segundo Carlos Burle, surfista brasileiro que também compete em Portugal, em entrevista ao SporTV, Maya não lembra do momento da queda. Ele foi um dos que ajudaram na retirada de Maya da água. "Foi uma situação muito complicada, porque o volume de água era muito grande. É das coisas que a gente espera que não aconteça com ninguém", afirmou.
    Ela está em Portugal há duas semanas - em Nazaré, ocorre evento em que surfistas especialistas em ondas gigantes tentam bater o recorde mundial do americano Garrett McNamara, que surfou onda de 30 metros em 2013, também na praia de Nazaré.
    Segundo a imprensa portuguesa, é possível que Burle, também nesta segunda-feira, tenha surfado uma onda maior que a de McNamara. A marca ainda está sendo analisada pela organização da competição.
    No último dia 23, Gabeira já havia surfado boas ondas, com as quais já briga pelo título de 2013/2014 do Billabong XXL Global Big Wave Awards, espécie de "Oscar" das ondas gigantes.
    Maya é o nome mais famoso entre os surfistas de ondas gigantes do Brasil. Ela é dona de cinco títulos do Billabong XXL Global Big Wave Awards, na categoria "Melhor Performance Feminina" – em 2007, 2008, 2009, 2010 e 2012.
    Ela conheceu o surf de ondas gigantes quando morou na Austrália, ainda na adolescência. Também é conhecida por ter sido a primeira mulher a encarar e conseguir surfar no Mar do Alasca, conhecido por suas irregularidades.
    Não foi o primeiro acidente de Maya. Em 2011, no Taiti, ela caiu durante uma manobra, foi atingida por várias ondas e também teve de ser resgatada.

      MUSAS DO ESPORTE – MAYA GABEIRA

      Maya Gabeira poderia ter sido política ou jornalista, para citar duas carreiras em que o pai Fernando Gabeira se destacou, mas decidiu ir pelo caminho mais difícil e, principalmente, mais perigoso. Esta carioca nunca deu muita bola para a política, gostava mesmo era de praia e aos 17 anos quis se tornar surfista de ondas gigantes.

      Homens que 'caminham sobre as ondas do mar' são atração no litoral de SP 


      Foto dos irmãos Paioli, com Zé (à esquerda) com uma prancha lendária da década de 60, e o irmão Chico, que protagonizou uma campanha de TV Paulo Anshowinhas/UOL



      O título parece exagerado, mas foi essa a manchete publicada pelo "Jornal da Tarde", em 1966, ao anunciar a "novidade" apresentada pelos irmãos José e Francisco Paioli nas praias de Santos: o surfe.

      Muita coisa mudou em 47 anos, mas a simples presença dessa dupla de lendas vivas do surfe nacional na etapa decisiva do SP Contest 2013, realizado no último fim de semana na praia de Juquehy, no litoral norte de São Paulo, foi o suficiente para torná-los a grande atração da competição.

      José Paioli, 64, e Francisco, 62, participaram da categoria longboard - pranchas acima de três metros de comprimento – do evento válido pelo Festival Paulistano de Surfe, onde participam exclusivamente surfistas moradores na capital de São Paulo.

      Além da dupla lendária, 120 participantes enfrentaram os 156 km que separam a capital da praia em busca de diversão e premiação em viagens para o Peru, divididos em sete categorias.

      Mas, além de um dia bonito, sol forte, ondas e desfile de candidatas a garota Sexy "causarem" na areia,  para os irmãos Paioli é que se voltavam as atenções, principalmente para o mais velho, Zé, que levou para praia uma prancha lendária 'shapeada' por ele mesmo na década de 60. Segundo ele, trata-se da segunda prancha produzida no Brasil.

      Zé e Chico, como são conhecidos os irmãos Paioli, falaram ao UOL Esporte sobre pranchas de madeira, capotamentos com Fuscas, "tripas" de cordinhas e skates com rodas de metal na seguinte entrevista:

      UOL Esporte: Como eram as pranchas de surfe na década de 60 no Brasil?

      Zé Paioli: No começo nós fazíamos pranchas de madeira de cerca de 2 metros – nós nem usávamos a medida de comprimento em pés – só depois que surgiu a massa epoxy (para revestir as pranchas de espuma e fibra de vidro) os tamanhos foram aumentando. Essa minha prancha (mostra o exemplar ainda em bom estado de conservação), deve ter sido uma das primeiras pranchas shapeadas (moldadas a mão) no Brasil.

      UOL Esporte: Como era a cena do surfe nessa época?

      Zé Paioli: Era surfe selvagem. Quem era de Santos tinha atrito até pra surfar no Guarujá com seus surfistas locais, e cada praia já tinha "dono". Voce ia surfar e os caras te 'rabeavam', sempre rolavam brigas. Era pouco espaço para muita gente. Prevalecia a lei do vale tudo, não havia prioridade, não havia respeito. Mesmo assim em 1967 rolou o primeiro Campeonato Paulista na praia das Pitangueiras, no Guarujá, com show ao vivo do cantor americano Chris Montez, em clima de jovem guarda ao som de "The More I See You".

      UOL Esporte: Em tempo de ditadura não havia restrições aos hábitos e costumes dos surfistas? Como era o visual da galera?

      Chico Paioli: Fumar e beber era proibido para menores e era tempo de Beatles e de Woodstock, que trouxe o lema "sexo, drogas e rock and roll". Todos nós éramos cabeludos, e para comprar uma prancha ou um carro a nossa mãe falava: "vai no barbeiro, corta o cabelo e fala com o seu pai".

      UOL Esporte: Surfar numa época que poucos faziam isso não parecia algo de outro mundo?

      Chico Paioli: Para você ter uma idéia, em 1966, não havia uma técnica de fotografia para o surfe, e as fotos pareciam que a gente deslizava no mar, e por isso fizeram uma matéria conosco no saudoso "Jornal da Tarde" com a manchete: "os homens que caminhavam sobre as ondas do mar". Voce não acha que era demais?

      UOL Esporte: E como vocês viajavam e levavam suas pranchas?

      Zé Paioli: No tempo de DKW, Aero Willys,  a gente só surfava nas férias. Nós tínhamos um Fusca 68 verde limão que nós dividíamos e levávamos as pranchas. Um lavava e outro usava. Um dia eu vi um risco no pneu do lado direito e já estava ficando bravo, quando fui ver do outro lado o carro estava todo amassado, porque meu irmão havia capotado o carro e não me falou nada.

      UOL Esporte: As pranchas daquele tempo eram muito parecidas com as atuais?

      Chico Paioli: Mais ou menos. Ninguém tinha inventado as cordinhas ainda, ou você nadava muito bem, ou morria afogado. As primeiras cordinhas eram feitas de uma 'tripa' (emborrachada por fora com fio de nylon por dentro) que não esticava, e quando voltava ia direto para cabeça (ria).

      UOL Esporte: Além do surfe vocês praticavam algum outro esporte?
      Chico Paioli: Em 1967, nós morávamos em Moema, na rua Gaivota, e na vontade de surfar, quebramos dois pares de patins, fizemos duas pranchas de madeira, e colocamos os eixos e as rodas de metal para montar nosso primeiro skate. Um para cada um. Os skate não tinham nenhuma estabilidade e a gente sempre caía. Mas ao menos matava a vontade de surfar, porque era algo bem parecido. Hoje eu gostaria de andar de skate longboard. E sei que é só começar.

      O jornalista Paulo Anshowinhas viajou a Juquehy a convite da Associação de Surfe da Grande São Paulo


      sexta-feira, 25 de outubro de 2013

      Análise das condições do mar

      As ondulações seguem de Leste e de Sul nesta sexta-feira com ondas de até meio metro nas praias.
      A formação é regular a ruim, com vento Sudeste fraco e tempo chuvoso. Condições pouco favoráveis para o surf.
      Neste final de semana a ondulação de Leste ganha uma leve pressão na tarde de sábado. O vento segue de Leste.
      No domingo, a ondulação de Sul ganha força à tarde e o vento vira para Sul, enquanto a ondulação de Leste perde força.
      Na segunda-feira a previsão é de ondas de Sul com até 1 metro e vento fraco a moderado de Sul.
      Por Herbert Passos Neto

      Saiba como escolher o skate ideal para cada terreno e monte o seu "quiver"



      Uma prancha para cada terreno. Essa é a definição mais simples para um bom "quiver" de skates, que também pode ser empregado para qualquer tipo de esportes de prancha.
      Quando se fala em terreno, normalmente é sobre concreto ou asfalto - skates para terra, off road, estão fora desse contexto. Podem ser em pistas com transição (do reto para o inclinado) com 90 graus de inclinação chamadas de vertical, obstáculos urbanos (ou street), ladeiras de asfalto (downhill ou speed) e solo (free style).
      Além dessas opções básicas,  temos ainda modalidades que fazem o zigue zague ou slalom (entre cones dispostos em uma descida), os half pipes (rampas em formato de U, com 90 graus de inclinação), bowls e banks (pistas em formato de cesta com 75 a 90 graus de inclinação) e até a amedrontadora megarrampa, com mais de 100 metros de comprimento por 30 metros de altura. As rampas são normalmente de madeira, enquanto as pistas são feitas de concreto, o que pode causar diferença tanto na velocidade como no impacto da queda.
      O tamanho dos shapes (pranchas) varia de acordo com sua utilidade. Os de free style (estilo livre) assim como os de street style/skate tem cerca de 75 cm de comprimento por cerca de 18 cm de largura. Possibilitam manobras mais rápidas e práticas sem necessidade de muita velocidade.
      Os cruizers chegam a ser menores, medindo no máximo 50 cm de comprimento por menos de 15 cm de largura. Foram criados para passeio, principalmente em ambientes como orlas das praias.
      Os longboards chegam a ultrapassar os 150 cm de comprimento por cerca de 20 de largura, mas podem atingir até 300 cm de comprimento. Há vários formatos, e alguns que chegam a imitar pranchas de surfe.
      Assim como os shapes, os eixos acompanham o tamanho da madeira para se adaptar a cada terreno, mas normalmente não extrapolam a largura dos shapes.
      E as rodas, feitas de poliuretano, possuem durezas diferentes que podem ser das mais macias para andar em ruas esburacadas e com muitos detritos, até as mais duras, para fazer free style ou vertical. Cada uma com milimetragens diferentes.
      Veja as fotos e os vídeos e crie o seu próprio quiver para aproveitar todos os terrenos e mostrar sua habilidade.

      terça-feira, 22 de outubro de 2013

      Skatista salta de telhados de casas e desce até cachoeiras



      "Ele é radical. Inova nas manobras, pratica vários esportes e fica bem na foto". Essa é a definição que a designer de moda Camila Neres tem do skatista e especialista em esportes de prancha Bernardo Picorelli, o Bzinho, expert em mountainboard, uma modalidade esportiva que utiliza uma prancha de skate (shape), eixos largos e pneus que se assemelham aos utilizados em carrinhos de bebê e aparadores de grama.
      Aos 38 anos, Bzinho que nasceu no Rio de Janeiro, mas mora em Bragança Paulista, acumula os títulos de campeão mineiro, carioca, brasileiro e vice no sul-americano da modalidade, e se transforma em uma unanimidade entre os praticantes. Skatista na década de 80, quando competia nos eventos da União Brasileira de Skate, a paixão pelos board sports (esportes de prancha, como snowboard, skimboard e wakeboard) foi decisiva para Bzinho vencer o Rio Open de Skimboard. Ainda assim ele focou sua carreira no mountainboard.
      "O lifestyle dele serve de exemplo para a galera praticar bem várias modalidades com muito estilo", diz a vicentina Camila, que anda de skate e pratica carveboard e se espelha em Bzinho, seu ídolo maior desse esporte "off road".
      "A principal diferença entre o mountainboard e o carveboard está basicamente nos "bindings", alças que mantêm fixos os pés dos praticantes na prancha de mountainboard. Dessa forma eles podem conseguir se equilibrar sobre a prancha e realizar manobras em terrenos acidentados", explica o campeão. "A regulagem do eixo – no caso do mountainboard - também é bem mais rígida para que a velocidade seja sustentada com maior facilidade", completa.
      "O carveboard por outro lado serve para fazer curvas e 'surfar no asfalto'", explica Bzinho, que pratica a modalidade há cerca de dez anos, mas que não participou do Campeonato Brasil Open de Big Air da modalidade, realizado no último fim de semana no Parque da Juventude, em São Bernardo do Campo, porque tem outros compromissos na mesma data. "Um cara, para viver 100% a sua paixão por esportes de prancha, tem de se profissionalizar e aprender suas potencialidades em marketing, negócios, organização de eventos, gerenciamento de carreira e assessoria de imprensa para ser bem sucedido", ensina.
      Para se dedicar exclusivamente ao esporte, Bzinho tem sua imagem relacionada a várias grifes e conta com o patrocínio de marcas como Lost (roupas), Hot Buttered (óculos), X Trax HD (câmeras de ação) e Dropboard (pranchas), com a qual ele tem um modelo assinado de mountainboard que ajudou a desenvolver. Com todo esse know how, Bzinho ainda ganha para produzir pistas e eventos da modalidade tanto para iniciação como alta performance, e atualmente trabalha no projeto de desenvolvimento de uma escola de mountainboard do skatista hexacampeão mundial Sandro Dias, o Mineirinho, em seu novo complexo de esportes radicais em Bragança Paulista, ao lado da represa.
      Nos Estados Unidos, Europa e até na Rússia, milhares de praticantes treinam para eventos internacionais, mas segundo Bzinho, poucos brasileiros têm a performance de Thiago Solon, filho do pioneiro do esporte no país para encarar de frente feras como o britânico Tom Kirkman, o maior nome do esporte que já esteve no Brasil por três oportunidades.
      Mais do que simplesmente descer ladeiras, o mountainboard é subdividido em diferentes modalidades como Free Ride (descidas livres sem obstáculos construídos), Downhill (individuais em terrenos como grama, terra, paralepípedo ou asfalto contra o relógio), Slalom (corrida individual ou em duplas demarcado por cones, ou bandeiras), Boarder Cross (em duplas, ou equipes com vários obstáculos), Slope Style (em pista com leve inclinação onde deve se aproveitar os obstáculos), Big Air (saltos em grandes rampas), Step Up (salto em altura), Kiteland (em que se utiliza um paraquedas 'kite' para gerar velocidade), Jibbing (ou street com manobras de solo em ambiente urbano) e por fim o Parks, no qual se é puxado por cabos para realizar manobras.
      Para quem está começando, já existem diferentes pistas em vários estados, mas o conselho do campeão é de se começar em terrenos gramados com pouca inclinação, boa área de escape e poucos obstáculos naturais como pedras e árvores no trajeto. "De imediato também aconselho o uso de todos os equipamentos de proteção (capacete, joelheira, cotoveleira e luvas), pois tombos são inevitáveis", avisa. Apesar do alerta, ele próprio se vê constantemente em situações de grande risco. "Antes de 'me jogar', porém, eu avalio bem as possíveis consequências e meço todas as possibilidades", diz. "Mas normalmente eu me jogo mesmo", ri, se contradizendo.

      segunda-feira, 21 de outubro de 2013

      Serra catarinense reúne 131 skatistas em etapa do Brasileiro de Dowhill
      Carlos Augusto Paixão, o Guto Negão, vence entre os profissionais. Pelas mulheres, Raiza Sartori, de Florianópolis, conquista o campeonato

      Por GLOBOESPORTE.COM

      Downhill viva serra (Foto: Divulgação/Alessandro Castilhos)
      Skatistas alcançaram até 90 km/h em descida (Foto: Divulgação/Alessandro Castilhos)

      Palco do primeira etapa do circuito brasileiro de downhill, realizado no último fim de semana, Rio Rufino, na Serra Catarinense viu adrenalina, velocidade e um paranaense ganhar entre os profissionais. O campeonato recebeu 131 skatistas de diferentes estados do Brasil e do exterior.

      Em uma pista com 1,3 quilômetro, os atletas alcançaram velocidade de até 90 km/h e fizeram disputas acirradas. O primeiro lugar foi para Carlos Augusto Paixão, Guto Negão, de Maringá. Ele é o atual campeão brasileiro amador e vice-campeão mundial na categoria profissional.
      - Viajei mais de 700 quilômetros para chegar aqui e fiquei muito feliz por conseguir conquistar esta etapa do profissional. Agora é se preparar para o mundial, que ocorre em Minas no próximo mês - comenta o campeão.

      No feminino, o prêmio foi para Raiza Sartori, de Florianópolis. O festival teve a participação de uma ícone do skate, a bicampeã brasileira e sul americana, Reine Oliveira.
      - Consegui competir de lado a lado com as meninas que eu admiro e estou muito feliz por ter conseguido este resultado - diz Raiza.

      A próxima etapa do Circuito será realizada em dezembro, na cidade gaúcha de Novo Hamburgo. A pontuação conquistada em Rio Rufino conta para a etapa final do campeonato.





      Tricampeã mundial, Isabela Sousa é ovacionada na chegada em Fortaleza 



      Brasileira comemora conquista com carreata até a cidade de Caucaia
      Por GLOBOESPORTE.COMFortaleza

      A cearense Isabela Sousa desembarcou nesta sexta-feira em Fortaleza e foi ovacionada na terra natal depois de ter conquistado o tricampeonato mundial de bodyboard, no último sábado. A atleta foi recebida por parentes, amigos, patrocinadores e pelo deputado estadual Gony Arruda. Logo após a festa no salão do aeroporto internacional Pinto Martins, a atleta seguiu em carreata em um caminhão do Corpo de Bombeiros do Estados do Ceará, passando por diversas avenidas da cidade até chegar em Caucaia.
      bodyboard isabela sousa carreata fortaleza caucaia (Foto: Lima Jr / MKT PENA)
      Isabela Sousa fez carreata entre Fortaleza e Caucaia (Foto: Lima Jr / MKT PENA)

      - Fiquei surpresa e muito emocionada quando vi aquela festa no aeroporto e ser recepcionada por meu patrocinador, o deputado Gony, minha família e todos aqueles amigos ali presentes foi de arrepiar. Só tenho a agradecer a todos - disse Isabela.

      O tri mundial veio de modo antecipado para a bodyboarder. Ela garantiu o título assim que levou a melhor sobre a australiana Emma Cobb nas semifinais na etapa do circuito que aconteceu na Venezuela, na última semana. A brasileira também foi a vencedora da disputa venezuelana.