Com bike de R$ 19 mil, tricampeão de MTB acha perigoso pedalar na cidade
Ele desce montanhas e ribanceiras em alta velocidade e ainda desafia imensas escadarias com sua mountain bike. Mesmo assim, para o tricampeão brasileiro de MTB downhill e bicampeão mundial da categoria Whip, Bernardo Cruz, o Bê, de 22 anos, as rodovias e as ruas da cidade ainda são o maior perigo.
"Acho muito perigoso andar nas rodovias, infelizmente falta condições para isso (no Brasil). Eu acho que andar na cidade também é muito perigoso. Não temos ciclovias adequadas, isso sem falar no risco de sermos assaltados e ficarmos sem a bike", desabafa o campeão.
"Acho muito perigoso andar nas rodovias, infelizmente falta condições para isso (no Brasil). Eu acho que andar na cidade também é muito perigoso. Não temos ciclovias adequadas, isso sem falar no risco de sermos assaltados e ficarmos sem a bike", desabafa o campeão.
Mas para Bê, a dificuldade não está apenas em achar um local seguro para treinar. O atleta reclama bastante de falta de apoio da Confederação Brasileira de Ciclismo.
"Eu gostaria de falar que ser atleta de downhill no Brasil não é fácil. Infelizmente falta incentivo da Confederação. Todas as provas que eu participo e eventos que eu vou representando meu país não tenho recebido nenhuma ajuda nem apoio oficial algum. Nos países estrangeiros, por exemplo, o campeão nacional tem direito a todas as despesas pagas para participar do Campeonato Mundial pela Confederação. Aqui não pagam nem a inscrição, por isso ter patrocínios é essencial para continuar pedalando", afirma Bê.
Graças a um desses patrocinadores, Bê ganhou as bikes que utiliza nas competições, uma GT Fury Gee Alterthon (que custa cerca de R$ 13 mil) e uma GT Force (de R$ 19 mil, segundo informações da marca), para cross country. Somados os valores das duas bikes, cerca de R$ 32 mil, é possível comprar um carro popular.
Agora equipado, Bê agora entra em ritmo de treinamento pesado para um dos seus maiores desafios, o Red Bull Wide Open, em julho, na Itália. Bê será o único representante brasileiro a encarar a prova no formato de Supercross, com 500 metros de pista, com rampas de 20 metros de altura, curvas gigantes, wall rides (subidas em paredes) e cruzamento de trechos com pedras de cachoeiras.
Graças a um desses patrocinadores, Bê ganhou as bikes que utiliza nas competições, uma GT Fury Gee Alterthon (que custa cerca de R$ 13 mil) e uma GT Force (de R$ 19 mil, segundo informações da marca), para cross country. Somados os valores das duas bikes, cerca de R$ 32 mil, é possível comprar um carro popular.
Agora equipado, Bê agora entra em ritmo de treinamento pesado para um dos seus maiores desafios, o Red Bull Wide Open, em julho, na Itália. Bê será o único representante brasileiro a encarar a prova no formato de Supercross, com 500 metros de pista, com rampas de 20 metros de altura, curvas gigantes, wall rides (subidas em paredes) e cruzamento de trechos com pedras de cachoeiras.
A Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) foi procurada pela reportagem do UOL Esporte para rebater as críticas do ciclista, mas não se pronunciou até a publicação da reportagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário